Dados estatísticos sobre a Artrite Reumatoide

A nivel mundial a Artrite Reumatoide afecta 1% da população, em todas as etnias, no entanto tem uma incidência máxima entre os 30 e os 40 anos. É mais frequente no sexo feminino, do que no sexo masculino, numa proporção de 3 mulheres para 1 homem.
Afecta os adultos no auge da sua vida activa, logo o seu impacto na actividade laboral é muito significativo. A capacidade de trabalho é grandemente diminuída, devido às limitações funcionais e à dor.
A artrite reumatoide tem muitas vezes um efeito devastador na vida diária, directamente nas actividades quotidianas, profissionais, familiares, sociais e de forma mais indirecta pelo impacto psicológico gerado pela incapacidade, e a depressão.
A dor, a incapacidade e a falta de descanso adequado tornam muito difícil o dia-a-dia destes doentes.
A qualidade de vida cai dramaticamente e a esperança média de vida diminui.
Em Portugal:
A artrite reumatoide afecta mais de 40 mil pessoas, sendo que as mulheres entre os 30 e os 50 anos são as grandes vítimas desta doença que atinge principalmente as articulações.
Como nas mulheres a maior incidência é na menopausa, sugere um importante papel dos factores hormonais na susceptibilidade da doença.
Estudos epidemiológicos têm-se focado na influência da gravidez, em factores de risco tais como a amamentação no período pós-parto.
Os custos económicos advêm dos tratamentos farmacológicos de longa duração (cirurgias, reabilitação física, dias de trabalho perdidos, pelo próprio e pelos familiares que os acompanham) e reformas antecipadas por incapacidade para o trabalho.
Um inquérito realizado em 2009 pela Associação Nacional dos Doentes com Artrite Reumatóide (ANDAR) revela que 10% dos doentes pedem reforma antecipada devido ao impacto da doença.
Um estudo realizado pela ANDAR conclui que uma em cada dez pessoas fica incapacitada para a vida caso o diagnóstico não seja feito de forma precoce.
No entanto,tal como uma grande maioria das patologias reumáticas, a Artrite Reumatoide é desvalorizada pela classe médica e autoridades de saúde, provavelmente por ser uma doença de baixa mortalidade, embora de elevadíssima morbilidade.
A taxa de mortalidade é pelo menos duas vezes superior nos doentes reumatoides.
Nos doentes com a doença iniciada antes da quinta década de vida, a diminuição da esperança média de vida é de 7 a 18 anos, relativamente ao esperado.
Diversos autores defendem que os doentes reumatoides morrem pelas mesmas causas da população em geral, mas mais precocemente.
A causa de morte mais frequente em indivíduos com esta doença é de natureza cardiovascular, seguindo-lhes as infecções, as doenças respiratórias e gastrointestinais.
Fontes:
https://repositorio.ul.pt/bitstream/10451/4608/3/ulfc090947_tm_catia_reis.pdf
https://www.artrite-reumatoide.com/2010/04/dados-estatisticos-da-ar-em-portugal.html
O meu comentário ao artigo:
[Para este artigo tentei ser o mais objectiva possível, tentando explicar por palavras minhas sempre que pude. Recolhi informações de um trabalho (1ºsite mencionado) da aluna Cátia Reis, (Mestrado em Biologia Humana e Ambiente) na Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, em 2011. Achei que este trabalho tinha muita informação de onde poderia retirar informações úteis, para enriquecer o conteúdo do meu artigo.
Usei ainda uma notícia da Rádio Renascença (2º site mencionado) sobre doentes com artrite reumatoide que pedem reforma antecipada por estarem incapacitados pois achei importante para a compreensao das limitações que as pessoas com artrite reumatoide têm na vida.]
Sábado, 02Fev, por Alexandra Martins.